autoconhecimento processo de individuação projeção

O Olhar do Outro

De Metamorfose

Falei em meu último texto sobre a autotransformação e a impressão de ter se vivido várias vidas ao longo da vida atual. Continuando este assunto, vou falar hoje a partir da perspectiva do outro.
Neste processo de autotransformação e crescimento costumamos nos surpreender constantemente com nós mesmos, com nossas mudanças. Mas muitas vezes não conseguimos surpreender o outro.
Não que este seja o objetivo, de modo algum. Mas torna-se algo desagradável quando outras pessoas não percebem nossa mudança e continuam a nos ver e a nos tratar como não somos mais. A pessoa fica no vácuo e nós também. Tudo fica extremamente artificial.
Quando nos deparamos com situações assim, chegamos a nos sentir desconfortáveis porque percebemos que o outro não está se comunicando, se relacionando conosco, e sim com alguém que não existe mais, pelo menos neste tempo linear.
Isto é fruto da nossa imagem antiga que fica fixada na percepção já condicionada do outro. São os padrões construídos e cristalizados pelo outro a respeito de nós. Algo que pertence a ele e não a nós.
Geralmente quando o outro é alguém que não costuma se transformar e se autoaperfeiçoar isto é muito mais nítido e comum. Ele não se autotransforma, então tem dificuldade em perceber a nossa transformação.
Na maioria das vezes, quando não fazemos um constante trabalho de autoconhecimento, tendemos a projetar, nos outros, nossos defeitos e qualidades, assim como nossos medos e desejos. E mesmo quando nos autotrabalhamos, corremos este risco.
O chato e desagradável é que por mais que façamos por nós, não podemos fazer isto pelo outro. É algo completamente individual.
Mas podemos nos manter firmes dentro do nosso novo Eu e resistirmos ao que o outro espera de nós.
Para alguns, isto vai ser mais fácil, mas de qualquer forma é importante reafirmar cada passo dado dentro do processo de individuação.
Infelizmente a visão equivocada – ou proposital – do outro, assim como os nossos antigos padrões e hábitos, podem querer nos impor uma antiga imagem de nós mesmos. Cabe a nós fugirmos de todas estas artimanhas que querem nos imprimir alguém que já não somos mais.
Procurarmos ser nós mesmos o tempo todo – independente de com quem estamos nos comunicando ou nos relacionando – é um grande exercício, difícil, porém, muito importante, pois é a meta a ser conquistada: sermos nós mesmos do jeito que estamos!

Anna Leão (Favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este texto).


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