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Entrando na caverna

Entrarmos em nossa própria caverna periodicamente é de vital importância. Nossa caverna é o nosso refúgio e também o nosso interior mais profundo. Lá é o local do autoconhecimento. É ali que nos encontramos com nós mesmos, nossas particularidades, nossa identidade, nossa ancestralidade, nossa autenticidade.

Ninguém pode ser autêntico se não está em contato com sua própria caverna, com o seu íntimo.

Aquele livro, “Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus”, afirma a necessidade dos homens de entrarem na caverna. Mas um livro escrito totalmente dentro da ótica patriarcal e mundana não percebe que as mulheres também têm esta mesma necessidade de estarem em suas próprias cavernas também.

Aliás, este tipo de literatura está sempre colocando a mulher como uma chata e o homem como um ser livre, sem a noção de como também é vital para a mulher a liberdade. Talvez a liberdade almejada pelo homem seja a de ir e vir. Já a da mulher, é a liberdade de ser, e com esta, ela poderá escolher ir ou ficar, fazer ou não fazer.

Mas a mulher que não mantém um contato permanente com a sua caverna não percebe esta necessidade de ser livre, pois não atinge o seu íntimo e fica a mercê do que o externo dita para ela como comportamento normal a ser seguido.

A mulher já é a própria caverna, mais uma razão para um contato íntimo com este lugar sagrado, repleto de mistérios, de sentimentos profundos e descobertas.

Mergulhando em nossa própria caverna, tanto mulher quanto homem achará  tesouros perdidos, assim como traumas escondidos, mas que precisam ser reconhecidos, para serem curados.

Dentro de nossa própria caverna saberemos, realmente, no que acreditamos, o que queremos, quem somos. Saberemos como agir, como nos colocar, como nos fazer ouvir. Saberemos ocupar com dignidade nosso lugar no mundo.

Mergulhar de tempos em tempos no interior de nossas cavernas nos coloca em contato com nosso lado mais visceral, selvagem, natural. Isto é vital, pois somos seres naturais.

Como ir para a sua caverna? Existem muitos caminhos, muitos transportes também. Só você vai poder saber. Talvez alguns momentos por dia de reflexão já seja o suficiente, ou a ajuda de um bom livro que o faça mergulhar em você mesmo…

O importante é que depois do primeiro contato com sua caverna, você a visite regularmente. E a cada visita explore-a mais, pois sempre há coisas novas que não foram vistas antes.

Também é na sua caverna que você percebe o que não te pertence, o que não faz parte de você, o que é dos outros e não seu. Você, então, transmuta todos esses resíduos tóxicos que te contaminam e te aprisionam.

O contato com sua caverna vai te dar força para você ser você mesmo nas situações mais difíceis. Ser você sempre! E você perceberá que não existe satisfação maior, prazer melhor, do que ser você mesmo, mesmo que para isto tenha que caminhar sozinho, sozinho não, pois você estará preenchido de seu próprio ser. E com certeza encontrará outros na mesma sintonia.

Anna Leão (Favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este artigo).

 

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