Pelas mãos divinas do carrasco Tentando se livrar de suas presas Soltando fogo pelas narinas Aspirando ácido e se queimando Ele flui por toda parte Fantasmagórico, evasivo, flutuando Clama por ti Por teu hálito, teu odor, teu ardor Suspira por um segundo Até cair em prantos E se metamorfosear numa flor! Nela tu pisas E se lança poderosa no …
Doente de amor
Tonteira de amor passa de repente Mas cada beijo dado torna-se permanente. Em minha mente desfio imagens em preto-e-branco Enquanto meu coração em retratos coloridos Sorve todo o sentimento de amor que provei um dia. Anna Leão (favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este poema) Leituras: 1.469
Meu Caminho
Meu caminho muitas vezes é feito de versos imperfeitos No entanto, se misturam curvas e retas na medida certa Percorro meu caminho com total convicção no momento presente Nem sempre é assim… Erros, acertos, dúvidas, sonhos Ideais, confusões, certezas, incertezas… Tudo isto é o meu caminho Vultos incertos, tempestades, nuvens escuras Nunca foram maior do que a luz que …
Meus olhos
De difícil solução foi o que senti contigo Que me arremessaste para longe de mim mesma. Quanto devo esperar para me ver de novo? Quanto devo esperar para sentir de novo? Como foi a tua descida? Como foi a tua procura? Perdoe-me o engano Mas não serão meus os teus olhos? Não serão teus, os meus olhos? Anna Leão …
Borra de café
Sonhos coloridos é o que gosto de ter Não aqueles velhos recortes de jornais Que me fazes ler todo dia. A borra de café ainda no fundo da xícara Desenha um futuro não muito glorioso Não o meu, o teu, é claro. Por que sou assim tão perversa com quem diz me amar? Por que engano sempre quem não …
Inspiração
A Inspiração me deixou por uns dias Aflita fiquei e me isolei Mas ela morta de saudade Não aguentou a distância e voltou. Voluptuosa chegou e me assolou Me pegava, me rendia e não me deixava parar Gozo após gozo ela queria mais Até que a tinta da caneta acabou E minha Inspiração por um tempo cochilou. Anna Leão …
Retorno
Sinto que desço o labirinto A caverna me traga E depois, o que vem? Não sei… Talvez sonhos malucos, desconexos, desconcertantes Talvez uma vida pregressa Ou quem sabe o retorno a um antigo caminho… A caverna me aprisiona, me sufoca e me protege Ela é cheia de amarras e de inconscientes insanos O que fazer para não me quebrar? …